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Oficina 1- Playlist
Essa oficina foi ministrada pela coordenadora Andréa. Antes de
começar a apresentação ela refletiu sobre o uso que a escola tem feito da
língua. Dentre as reflexões realizadas, as que mais gostei e tenho percebido durante
o meu percurso na Educação básica, são as seguintes:
“o trabalho do texto como pretexto”, quando este deveria ser usado
como ponto de partida e elemento norteador das discussões ensejadas; a
gramática tem sido usada de “forma legalista”, engessada, sem que os alunos reflitam
sobre os diferentes usos da língua e suas funcionalidades, e ainda se sintam estrangeiros
na sua própria língua/idioma; sobretudo, o que os alunos estão fazendo,
escrevendo, e o que desenvolvem em termos autorais e sociais? Andréa ressalta
também no que a ciência tem se debruçado, em relação as metodologias do ensino
de línguas, quanto às práticas dos alunos.
Na sequência propõe um modelo de ensino no qual a proposta
pedagógica inclui a leitura e a interpretação de textos, sejam textos
literários ou não, que envolvam o diálogo entre diferentes linguagens. E afirma:
“nenhum texto deixa de ser multimodal”. Pensando nisso, apresentou playlists
elaboradas por discentes do curso de Letras, e que podem servir de exemplos
para as que serão solicitadas aos estudantes das escolas estaduais,
onde as ações do PIBID serão desenvolvidas.
Durante as exibições das playlists é possível perceber algumas habilidades
e competências expressas pelos estudantes; revelando assim, o grande potencial
dessa ferramenta e proposta pedagógica, quais sejam: os estudantes falam sobre o
que leem e gostam; as entonações empregadas estão em harmonia com os estilos
musicais e os tipos de textos escolhidos; aproveitam a situação de uso da
língua para falarem de si mesmos, denunciarem/protestarem
sobre situações/problemas que os inquietam, por meio de narrativas fortes,
reais e autorais, dando sentido sobre o que leem.
Ao final das exibições, senti vontade de propor aos meus
queridos/as pibidianos/as para criarmos uma playlist mais voltada para a
realidade da EJA, a fim de mostrarmos aos alunos. Assim poderiam ter acesso as
nossas escolhas, gostos, preferências, realidades... mas o contexto atual e as
diferentes demandas, nos impossibilitam. Um sinal de que fui tocada pelo que vi e ouvi!
O que mais importa é que estejamos atentos às necessidades dos
alunos e que utilizem a língua e os meios digitais para se expressarem. Dito de
um modo mais flexível, “a ideia central é que o aluno escolha sobre o que quer
falar. Se vai fazer com vídeo ou não, tudo bem! Desde que resulte em uma
produção textual.” (Coordenador Luiz Fernando).
É isso aí, vamos lá, que venha a próxima oficina!
Doris de Lima (profa. Supervisora do
PIBID).